quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

AS ESPERAS DO AMOR

José González Collado
AS ESPERAS DO AMOR

Esperas inúteis são horas vencidas,
por impulsos que o nosso corpo tem;
Loucuras, devaneios que as nossas vidas,
Vão semeando aqui e além.

Frutos de amor, vértices de ternura,
Lânguidos cansaços, plenos de prazer,
Despertam no calor da noite escura,
Abraçados à fúria de viver.

Quantos corpos desmaiam, sequiosos,
Ao encontro de um amor a construir;
Repletos de silêncios e desejosos
Da vontade de ser e de existir.

Mãos que se unem em harmonia,
São cadeias de gestos repetidos,
Que, cobertos de dor e alegria,
Alimentam a força dos sentidos.

Jorge Vieira
in "Manhãs Inquietas"
(disponível na FNAC)

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