sábado, 9 de julho de 2011

De chancas!

De chancas!
Não nos metemos num carro,
Num combóio, num avião,
Para andar, por aí,
À a volta ao mundo,
À procura do chinelo
À medida do nosso pé!

Não,
Não é preciso,
É mais simples ir à feira local,
Olha as quintas em redor,
E procura a filha da dona,
E lança-lhe um olhar fatal
E logo se encontrar um amor mortal!



Depois, vai-se ter com o pai,
Lavrador ou doutor
E mostra-se-lhe o certificado
De especialista em regadio,
Desta maneira, simples,
Não se dá a volta ao mundo
À procura do chinelo à medida do nosso pé,
Depois é só chamar amor à rapariga
Todas as vezes que o for regar o rego
mas, como tudo tende alargar,
Até as ancas,
Pode-se regar o rego.....de chancas!
Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar



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