sábado, 2 de julho de 2011

LIBERDADE

LIBERDADE

Oh! Liberdade, oh! mãe das Alegrias,
dá-me essas filhas puras e fecundas
para que sejam minhas companhias
e inspiradoras sábias e profundas…

Há quantos anos só conheço os dias
nesta masmorra vil que não inundas,
dentro da qual se esvaem energias
e as almas amodorram, moribundas!

A Juventude foi-se-me, oprimida,
foi-se o melhor de toda a minha vida
passada entre os espectros da Opressão:

Mas se vieres, oh! Deusa bela e forte,
eu afugento para longe a Morte
e volto a ter um jovem coração!

Oliveira Guerra
in "Algemas"

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