terça-feira, 18 de janeiro de 2011

NAS PALMAS DA MINHA MÃO

MARIOLA LANDOWSKA


NAS PALMAS DA MINHA MÃO

Nas palmas da minha mão
as rosas estavam desfeitas
perdida a sua cor rubra,
não deixaram a sua marca
na nossa rua deserta!
Ficaram cem pinheiros mansos,
cem abetos doridos,
cem proteas brancas, tristes
enfeitando cem pontes de lua,
no espaço dos dias breves
que encheram as nossas vidas!
A lua cai devagar
na curva do horizonte,
trocando este lugar
por terras virgens, distantes,
com novas janelas nos sonhos
e frutos pendurados na neblina!

Maria Olinda Sol
lido por Augusto Nunes

2 comentários:

  1. Neste poema, não falta uma vírgula...é belíssimo. É feito de palavras que obrigam o pensamento a ir até à rua deserta, ao cair manso da lua, e ver os frutos pendurados na neblina.Parabéns "Olinda".

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  2. "Muito obrigada" - diz a poeta em construção, à poetisa vulcão, numa mesa de tertúlia, com muita emoção à mistura!

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