terça-feira, 4 de janeiro de 2011

ESQUINAS DA CIDADE

José A. Cardoso
ESQUINAS DA CIDADE

Luzes da minha velha cidade,
Que iluminas as esquinas do prazer
E que nos dás a mais rude verdade,
Quando o sol procura adormecer.

Corpos que dançam por todo o lado,
Encostados aos muros do desalento;
Carros que param por um bocado,
Conversas sem ritmo para o momento.

Negócios desta vida atribulada
São a fonte viciada em cada dia,
Pelo telefone, de viva voz, à hora marcada,
Ritual do sexo em fantasia.

E por mais que ousamos esconder,
Esta é a realidade em que vivemos;
Corpos franzinos ou esbeltos, para vender,
Nos passeios que em cada hora percorremos.

Jorge Vieira
in "Manhãs Inquietas"

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