Alberto d'Assumpção
Ninguém te cura meu pequeno Portugal,
Tens no fascismo o teu carrasco nojento,
Verme que vive dentro do teu sofrimento,
A sugar-te o sangue e a semear o mal.
Que o fogo rasgue o ventre do animal,
O lixo é podre, inútil, peçonhento.
Descansa mais o mar sendo calmo o vento,
É mais azul o céu depois do temporal
Ó pobre enfermo abandona o leito,
Os punhais antigos que tinhas no peito,
São hoje de papel, punhais de fazer rir.
As chagas profundas secaram nos joelhos,
Só com o fresco odor dos cravos vermelhos,
Faz de ti jardim, todo o ano a florir.
Álvaro Barciela
Recitado por Mª Lourdes dos Anjos
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