AS ESPERAS DO AMOR
Jorge Vieira
Esperas inúteis são horas vencidas,
Por impulsos que o nosso corpo tem;
Loucuras, devaneios, que as nossas vidas,
Vão semeando aqui e além.
Frutos de amor, vértices de ternura,
Lânguidos cansaços, plenos de prazer,
Despertam no calor da noite escura,
Abraçados à fúria de viver.
Quantos corpos desmaiam, sequiosos,
Ao encontro de um amor a construir;
Repletos de silêncios e desejosos
Da vontade de ser e de existir.
Mãos que se unem em harmonia,
São cadeias de gestos repetidos,
Que cobertos de dor e alegria,
Alimentam a força dos sentidos.
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