José González Collado
AS ÁRVORESNas árvores que encontro, quase despidas,
Sinto a espera de um novo amanhecer;
São do meu olhar, jóia esculpidas,
Pela mãe natureza que ousa florescer.
Troncos lisos, rugosos, levantados,
Quase estátuas hirtas de um museu;
Mais tarde, serão como braços amarrados,
Encantos eternos que Deus nos deu.
Nas árvores cobertas e preenchidas
Encontro a sombra amiga do estio,
Recanto das cidades enternecidas,
Aonde as aves cantam ao desafio.
Há um doce aconchego que nos seduz,
E que está nas almas dos poetas;
Translúcido, o sol, em clareiras, reluz
E dá-nos as imagens mais secretas.
Jorge Vieira
in “Manhãs Inquietas”
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