Fernando Gomes
MEU PORTOMeu Porto, és o cordão umbilical,
Bem preso à raiz do meu ser;
És a minha linda cidade, a capital,
Aqui existo, aqui quero viver!
Mesmo que a neblina ainda percorra
Os limites deste infinito,
Que haja alguém a nascer ou que morra,
Serás o meu brasão e o meu grito.
Meu Porto, tens o velho casario
Coberto de dores adormecidas
E na foz desse teu lindo rio
Há lágrimas e dores já ressequidas.
Prisioneiro deste tempo que avança,
Trago em mim as franjas da cultura,
A fé intensa e no peito a esperança
Do raiar do sol à noite escura.
Jorge Vieira
in “Manhãs Inquietas”
lido por Pilar Veiga
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