ESTERTOR
Esquecido, sozinho, sem farneis...
Já morto para o mundo, há tantos anos...
Sonho ainda com telas e pincéis,
Ouvindo violinos e pianos!
Hipócritas e falsos menestréis,
Espantaram as musas, desumanos,
Silenciando a Arte nos papéis,
Com grunhidos sonoros, mas profanos...
De tal labor; os partos são espúrios,
Com o sinete do estranho gado
Em avernal e permanente festa...
Apenas os suspiros e murmúrios,
Que nos museus respeitam o Passado,
Me dão o bafo à vida que me resta!
Manoel do Marco
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