De amor morremos todos
em cada esquina da vida
ancorados em barcos loucos
em cais nus, silenciados!
Sulcam se mares imaginários,
onde velhos marinheiros,
pedintes e soldados
sacodem a sua dor
que fica pintada no vento
com tintas de aguarela!
Fadas amordaçadas,
margens de rios de saudade,
guitarras portuguesas trinando
um fado de amor ausente!
As cegonhas são de esperança
por cima das nossas mãos
cansadas de segurar
estes corpos tão cansados
de noites mortas de pasmo!
Maria Olinda Sol
lido por Lourdes dos Anjos
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