escrevo, ou pinto, coisas pobrezinhas
umas melhores, outras mais (daninhas)
que eu tiro do tinteiro e da paleta
Umas vezes só uso tinta preta
outras, ponho no céu asas alvinhas
como se fossem almas de andorinhas
que algum falcão guardasse na gaveta
Desconfio das cores das minhas tintas
tenho inveja ao ver como tu pintas
sinto-me triste, olhando os meus horrores
E nos meus guardanapos de papel
umas vezes, vomito aos meus arcos de fel,
e nas outras, embalo os meus amores.
Artur dos Santos
Sem comentários:
Enviar um comentário