Tomo a minha paleta
Logo pela manhã.
Com o meu pincel,
Debuxo a cinzel,
Emoções e sentimentos.
Miscelânia de cores,
Recordações e odores,
Saltam para o papel.
Aqui um leve toque,
Além, um mais profundo.
Sublinho um colorido,
Sombreio um olvido
E na paleta do esquecimento,
A preto, coloco um lamento.
O amor é ouro forte
Como negra é a morte!
Azuis, as alegrias,
Risos e fantasias.
Verde tenro, as ilusões,
As doces ocasiões
De carinho e ternura.
Amarelo, as visões,
Que preenchem em harmonia,
O desfilar de cada dia.
Vermelhos são os sentidos,
A paixão, segredos vividos.
Uma pincelada branca,
Na face de cada menino,
Cuja voz é som divino,
Que ecoa na minha alma
Como o verde de uma palma.
in “ O livro da Nena”
Maria Irene Costa
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