Antes,
um rio,
nada mais,
para a sua travessia só havia
barcos e seus arrais,
que Porto e Gaia unia,
depois veio a ponte de barcas,
que das margens faziam osmoses
em travessias parcas,
até que veio a ponte pênsil
e o ferro se ligou à pedra da cidade,
Gaia e Porto com ligações mais á vontade.
Mais tarde,
para travessias de ferrovias
e passagens reais,
vieram as pontes de D. Maria,
D. Luís e outras mais:
Arrábida, Freixo e Infante.
Agora, para atravessar o Rio Douro,
nada é como dantes,
não há nada que impeça,
só é pena que alguém,
que apesar de muitas pontes,
e por causa da mente que tem,
a margem não atravesse.
Por causa disso,
e por outras coisas mais,
é que a Área Metropolitana não cresce,
e embora já não havendo Ponte das Barcas,
ainda abundam maus arrais.
Seria bom que as pontes,
além de unirem gentes,
unissem separadas mentes.
Silvino Figueiredo
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