domingo, 4 de julho de 2010

LEONOR REIS


Leonor Reis tem sido uma presença constante na "POESIA NA GALERIA".  A sua arte de dizer poesia traz-nos sempre à memória o seu saudoso pai.


Castro Reis (José de Castro Reis) nasceu na freguesia de Miragaia, cidade do Porto, em 28 de Março de 1918.
Foi poeta, escritor, jornalista, ensaísta, galardoado em vários certames literários nacionais e internacionais, entre outros com o Prémio de Poesia “Laurel de Ouro”, o Prémio de Poesia “Coroa de Ouro” e a Medalha de Prata e Diploma Honorífico de Homem de Valor e Mérito este último atribuído pela Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras.
Foi membro da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, da Associação de Escritores de Gaia, da Academia Internacional de Letras, Ciências e Artes de Nápoles (Itália) e a Academia Francesa de Artes, Ciências e Letras.
Foi director do Grupo de Estudos Brasileiros do Porto onde contribuiu para o relacionamento e intercâmbio da cultura Luso-Brasileira.
Nestes últimos anos dedicou-se, como escritor e animador cultural, à promoção e divulgação da cidade do Porto e ao culto da poesia junto das Escolas e associações recreativas e culturais.
Dentro das suas obras publicadas destaco: “Amor e Cruz” (poemas – 1960); “Cântico Liberto” (poemas – 1978); “O Grito das Fragas (Poemas – 1983); “Esta Cidade que Eu Amo” (Poemas – 1985); “Bodas da Primavera par a Paz” (Poemas – 1989) e “Etéreas Sinfonias de Natal” (Poemas – 1997).
Castro Reis partiu no fim da tarde do dia 9 de Fevereiro, deixando um vazio no coração dos Amantes da Poesia.

Do seu livro “Etéreas Sinfonias de Natal”:

O Inverno da Vida

É por dentro de mim que peregrino,
Nesta hora de angústia e de amargor!...
Pois já venho sofrendo. De menino,
Maus Invernos, de morte e de rigor!

Deus quer que eu cumpra assim o meu destino
De Poeta e Mendigo do Amor!...
Quem nasceu para os rumos do Divino,
Terá que ser eterno sofredor!

Depois de tanto Inverno e tempestade,
Do que fui, vejo assim tombar a árvore,
Só me restando a compaixão de Deus!

Quando chegr a hora do meu fim,
Não importa se lembrem mais de mim,
- Mas não deixem morrer os versos meus!

Castro Reis

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