A MINHA FORÇA
Jorge Vieira
Por vezes, viajo com a amargura,
A latejar dentro do meu peito,
E nem a suave e meiga ternura,
Se afasta à noite do meu leito.
São ondas intensas que me provocam,
Um misto de tristeza e ansiedade;
São forças agrestes que se deslocam,
No fulgor da minha mocidade.
É um espírito que se enleia,
Em dias de turbulência,
E que sem saber tece a teia,
Onde cresce a impaciência.
Mas a força que me reveste,
Suporta a dor e afasta o mal;
É como o vento que sopra de leste,
Às vezes parece um vendaval!
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