José Guimarães
serigrafia
Roubam do povo cores do arco-íris,
Nos livros escrevem prefácios
Que tornam negro este país
Vivem de exauridos tesouros,
Rapam do povo todos os cobres,
Atribuem-se comendas d’ouro
Por aumentarem os pobres!
Ai esta desgraça sorte,
Deste país,
Deste povo,
Que vive sem rumo,
Sem norte,
E que dele,
Nos palácios fazem um bobo!
Quando é que o povo
Deixa de ser bobo
E aprende a varrer
E a limpar
Para que sobre os seus palácios
Arcos-íris possam pairar?
É azul o céu do meu país,
E seu povo um povo nobre,
Haja quem o saiba fazer feliz
E não dele faça um pobre
E que de norte a sul
Deste país,
Do nosso Portugal,
Predomine o céu azul
E as cores do arco-íris!
Silvino Figueiredo
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