Como eu vivo aqui como criança
E neste mundo vou escrevendo num processo
Catártico até ao enjoo…só no tempo se resolve.
Através de outro tema encontro o que por vezes brota
Em forma de gota de orvalho…Assim…
Com seu latino ar
de liberdade…
Com aparência fina
A criança cresceu
Qual saudade lhe invade
Do muito que morreu
E quem o determina.
Uma grande vontade em
Crisol se construía
Naquela pequena idade e
No sonho de cada dia.
As muralhas dos castelos
Eram altas e não as
vencia;
Pertenciam à história…
Que não conhecia.
Na aparência fina da
criança
Apareceu a irreverência
Saltando os muros nos
campos,
Colheu amoras nas beiras
do caminho
No regresso da escola;
mesmo assim
Pensava, pensava e comia
amoras
Com seu latino ar de liberdade…
Levava a sua sabedoria ao
tiracolo
Lá ia pela vereda serpenteada…
Olhava o monte onde sua
casa o aguardava.
Esse castelo ele possuía!
Cortava rosas para
oferecer à mãe
Recompensa do beijo da
chegada e,
Cresceu na bucólica
atmosfera do carinho em que vivia.
Não se apercebeu
Que o mundo de montes,
rios, vales e
Nuvens sem destino
O podiam levar aos
sobressaltos
Dos vilões.
Os dias passaram com
noites abruptas,
Com tempestades sem fim,
Como de menino a velho
É um salto…
E agora que vai ser de
mim?
Luís Pedro Viana
Porto Abril de 2012
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