COICE
Eu me
estou degradando
De corpo e de mente,
Deixando de ser importante,
Diria mesmo que gente!
De corpo e de mente,
Deixando de ser importante,
Diria mesmo que gente!
Quero lá
saber se me desfaço
E torno alguém infeliz,
Pois se pareço eu no que faço
Não fui eu que me fiz!
E torno alguém infeliz,
Pois se pareço eu no que faço
Não fui eu que me fiz!
Me estou
degradando
De corpo e de intelecto,
Se me estou desmoronando
Queixai-vos ao meu arquiteto.
Vede a obra que de mim fez;
Um ser muito infeliz,
Deu-me a condição de português
E castigo de ser deste país!
De corpo e de intelecto,
Se me estou desmoronando
Queixai-vos ao meu arquiteto.
Vede a obra que de mim fez;
Um ser muito infeliz,
Deu-me a condição de português
E castigo de ser deste país!
Portugal; lindo país que é,
Onde reina poluta corrupção,
Onde doutor é qualquer zé,
Corrupta quase toda a nação!
Onde reina poluta corrupção,
Onde doutor é qualquer zé,
Corrupta quase toda a nação!
Estão fazendo dos portugueses
Dóceis cavalgaduras,
Chego a pensar, por vezes,
Que nos ferram ferraduras!
Dóceis cavalgaduras,
Chego a pensar, por vezes,
Que nos ferram ferraduras!
De tal modo este estado,
Que quando formos votar,
Em vez do voto cruzado
Devemos relinchar ou zurrar!
Que quando formos votar,
Em vez do voto cruzado
Devemos relinchar ou zurrar!
Me estou degradando
De corpo e de mente,
Deixando de ser importante,
Diria que mesmo gente,
De corpo e de mente,
Deixando de ser importante,
Diria que mesmo gente,
E é tão grande o abalo,
E medo desta coisa ser certa,
Que esta poesia já não é de poeta,
Mas já coice de cavalo!
E medo desta coisa ser certa,
Que esta poesia já não é de poeta,
Mas já coice de cavalo!
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Autor: Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque
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