quinta-feira, 24 de maio de 2012

PACIÊNCIA

PACIÊNCIA

Oh, que demora,
Oh, como aquilo,
Tão ardentemente eu desejo.
Como acontecer, não acontece!
Que fazer, devo?
Se esperar,
Minha capacidade ultrapassa,
Oh paciência,
Tu, que mais forte do que eu, és,
Que fazer, devo?

Longa, a marcha humana é,
Lentamente renascendo e vivendo,
Consciência mesmo ter preciso,
Sem nada prever, apenas possível o futuro tornar,
Desejo de gratificação instantânea esquecer devo,
Mesmo que vagarosa a descoberta de mim mesma ser.
O caminho, para modificações mais profundas restringe-se,
Devagar, outros estados de consciência provocam,
Alimentos de uma continua espiral,
Mesmo de acordo com o que o meu sistema aceita.
E quanto, às deficiências minhas,
Sem de um dia para o outro desaparecerem,
Outras visões mostram,
E então a mão à palmatória dou.

Oh, paciência.
Ensinas-me com os meus problemas não resolvidos viver;
Quais os meus desejos não identificados são, perceber;
E sem resposta, quais as minhas questões são.
Tudo isto, paciência,
A renunciar às gratificações instantâneas, incitou-me,
De gestos impulsivos, não fazer,
De cometer enganos, impediu-me,
Fazer coisas que não estou preparada, forçar evitou.
Obrigada pois, paciência,
Por das forças mais discretas e poderosas do universo seres!

Cristina Maya Caetano

Sem comentários:

Enviar um comentário