PACIÊNCIA
Oh, que demora,
Oh, como aquilo,
Tão ardentemente eu desejo.
Como acontecer, não acontece!
Que fazer, devo?
Se esperar,
Minha capacidade ultrapassa,
Oh paciência,
Tu, que mais forte do que eu, és,
Que fazer, devo?
Longa, a marcha humana é,
Lentamente renascendo e vivendo,
Consciência mesmo ter preciso,
Sem nada prever, apenas possível o
futuro tornar,
Desejo de gratificação instantânea
esquecer devo,
Mesmo que vagarosa a descoberta de
mim mesma ser.
O caminho, para modificações mais
profundas restringe-se,
Devagar, outros estados de
consciência provocam,
Alimentos de uma continua espiral,
Mesmo de acordo com o que o meu
sistema aceita.
E quanto, às deficiências minhas,
Sem de um dia para o outro
desaparecerem,
Outras visões mostram,
E então a mão à palmatória dou.
Oh, paciência.
Ensinas-me com os meus problemas
não resolvidos viver;
Quais os meus desejos não
identificados são, perceber;
E sem resposta, quais as minhas
questões são.
Tudo isto, paciência,
A renunciar às gratificações
instantâneas, incitou-me,
De gestos impulsivos, não fazer,
De cometer enganos, impediu-me,
Fazer coisas que não estou
preparada, forçar evitou.
Obrigada pois, paciência,
Por das forças mais discretas e
poderosas do universo seres!
Cristina Maya Caetano
Sem comentários:
Enviar um comentário