quarta-feira, 30 de maio de 2012

SUPOSTA MATURIDADE LUMINOSA


SUPOSTA MATURIDADE LUMINOSA

Que olho translúcido, pendurado sob um Sol ardente
Dum iluminismo intermitente.
Que olhar por dentro pelo comum da incerteza.
Que claridade, nem que cinzenta turva,
Que destino augurado não se estica,
Que sacrifício de quem olha o olhar desmerecido.
Que demitente, que demisso.
Que sacrifício existirá, sobre quem, pela luz,
Não deixará de se cair em todas as sombras
Sábias, intransponíveis.
Que existencialismo, que surrealismo, que
pedantismo,
Não cegam,
A clarividência de todos os olhos escachados,
Por tantas ventanias
Por vaporizações de tantos eunucos, num domingo
de Sol encomendado.
 

Virgílio Liquito

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