CEM ANOS DE GLÓRIA
(escrito quando o FCP fez 100 anos)
No teu Douro foi traçado
O rumo de longas rotas;
Hoje rabelo ancorado
Paraíso de gaivotas…
Quem te vê morrer de amor,
És carne feita cidade,
Quem parte, seja quem for,
Te leva junto, cidade…
A Ribeira é um painel
Com o seu quê de bendito!
Roupa secando a granel
Por escadas de granito!
E as almas em devoção
Quando o Porto vai jogar
São mesmo, em comparação,
Fiéis subindo ao altar!...
Cem anos conta a
História…
Cem anos de suor e
Aventura…
É uma longa saga de
Glória…
Em noventa minutos
De tortura…
Fica o Douro parado
E absorto,
Dormindo num sossego
Sepulcral,
E se porventura ganhas,
Ò meu Porto,
A mais pequena rua
É Portugal!...
Da linda terra espraiando
O olhar direito ao mar,
Como andorinhas voando
Para a Serra do Pilar…
Neste chão de sal e brisa
Nossos pés já são raízes…
E o rio é uma baliza
Toda de escuros matizes…
Pela ruela estreitinha
Corre um vento de epopeia…
No Douro feito morrinha
Brilham focos de candeia;
Pela noite a solidão
A deslizar em trenós,
Desperta se o Porto ganha
A gritar a uma só voz;
Cem anos conta a
História…
Cem anos de suor de
Aventura…
É uma longa saga de
Glória…
Em noventa minutos
De tortura…
Fica o Douro parado
E absorto,
Dormindo num sossego
Sepulcral
E se porventura ganhas,
Ò meu Porto,
A mais pequena rua
É Portugal!...
Maria de Lourdes Martins
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