José González Collado
ACONTECE Não gosto de encruzilhadas;
gosto do caminho aberto…
aberto para alvoradas!
Embora esteja por perto
minha sombra anunciada.
Mas este gosto que eu tenho
é jóia n’alma gravada
em que ponho muito empenho.
Quando a sombra me envolver,
quero partir, fronte altiva,
porque esse foi meu viver.
Não tenho a alma cativa,
usei minha consciência
como um farol, o meu guia!
Vivi com sã apetência
e respeito com quem vivia.
Consciência é meu lema!
Quem não a usa em pleno,
consultando-a por sistema,
como há-de viver sereno?
Não gosto de encruzilhadas…
vem de longe esse direito!
Em meninice tinha asas,
voava à noite no leito!...
Agora, o sono é calmo;
tudo me deixa em sossego;
rememoro palmo a palmo
esse meu doce aconchego.
E nas minhas madrugadas,
sinto uma certa acalmia…
Pego na pena e palavras
e acontece poesia!
Fevereiro 2011
Maria de Lourdes Martins
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