terça-feira, 1 de março de 2011

O CORRER DA TINTA

José González Collado

O CORRER DA TINTA

Deixo correr a tinta
Numa folha de papel
Deixo sair a emoção
E a caneta
Vai puxando a minha mão
E o sonho
A solidão
Vai-se transformando
Palavra a palavra
E as frases ficam
Em papel registado
E esta caneta
Não deixa de sarrabiscar
E a minha alma
E o meu coração
Se deixa seguir
Com a caneta
Puxando a minha mão.

Emília Costa

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