quinta-feira, 10 de março de 2011

O PAPEL SORRI

José González Collado
O PAPEL SORRI

silenciosamente,
de forma quase inaudível
o lápis sussurra palavras ao papel.
e o papel sorri.

letra após letra,
o lápis acaricia
a alva folha
que de felicidade sorri.

do lápis
as ideias brotam
sobre o papel
e ambos fazem nascer
a poesia.

lápis e papel
trocam afagos com letras.
dão abraços com palavras.
são sentimentos
através das ideias
e em conjunto constroem o poema
até à palavra fim.

(…o lápis cansado
deita-se em merecido descanso…
…enquanto de alma preenchida
o papel sorri.)

Eduardo Roseira
in "O Sorriso de Deus"

2 comentários:

  1. grato pela postagem do meu poema e parabéns pela escolha da imagem dum pintor que admiro!

    ResponderEliminar
  2. É uma honra "publicar" Eduardo Roseira. José González Collado estará no Sábado, na sua exposição de pintura, na Galeria Vieira Portuense, com a jovialidade dos seus 84 anos.

    ResponderEliminar