GRITOS
ABAFADOS
Calou-se
a guitarra. Não trina. Dura realidade.
Nem
a cotovia e o sino têm a melodia d’antes,
nem
o luar é já o luar de verdade…
O
teu piar mocho… Talvez tu encantes…
Quebraram
as asas aos meus sonhos,
perderam
toda a juventude das manhãs.
Ficaram
tristes… Grandes… Medonhos…
E,
as alvoradas não cheiram às maçãs;
Voltou
o ‘rouge’ das papoilas pró jardim;
Que
fado triste… Que grande minha cruz…
Já
não cheira no ar a cravos e jasmim;
Para
quê sonhar? Andar louquinha assim?
Se
o chamar ‘Linda’ não tem aquela Luz
que
fez de novo viver… Gostar de mim!
Fernanda
Garcias
2012 / 10 / 17
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