quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Do meu tempo, só o vento é intemporal.


Do meu tempo, só o vento é intemporal.
Todo o resto é efémero, curto e fugaz
nos meus dias de longa privação
que me castram no ser e no porvir
 
Alongo o meu sorriso escondendo esta aflição
na ânsia que o tempo me traga vento eterno,
mas é no meu sentir que sinto esta castração
e sei que o vento me traz, tempo curto, tempo efémero.
 
Prolongo a coisa fútil que me traz o vento,
na ânsia que o tempo me traga glória,
mas é no meu sentir e ser de privação
que sinto que o meu vento é tempo pouco e pouca história. 

Angelino Silva

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