Do
meu tempo, só o vento é intemporal.
Todo
o resto é efémero, curto e fugaz
nos
meus dias de longa privação
que
me castram no ser e no porvir
Alongo
o meu sorriso escondendo esta aflição
na
ânsia que o tempo me traga vento eterno,
mas é
no meu sentir que sinto esta castração
e sei
que o vento me traz, tempo curto, tempo efémero.
Prolongo
a coisa fútil que me traz o vento,
na
ânsia que o tempo me traga glória,
mas é
no meu sentir e ser de privação
que
sinto que o meu vento é tempo pouco e pouca história.
Angelino
Silva
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