OS
POEMAS
O
poema é um pedaço d’alma!
É por
isso que ei ando por aí
retalhada
e pela tarde calma.
Sou
árvore que em folhas me perdi…
São
minhas as sementes que produzo,
que
formam veias, que de mim se soltam…
E,
nesta forma de ser eu induzo
que
os poemas vão, mas outros voltam.
Ai,
mas de que lenho eu serei feita?
Sou
frágil… Às vezes o poema chora…
Logo
a rima em mim se aleita,
depois
me renega, vai-se embora…
Fico
triste, sentindo-me sozinha
e no
silêncio que me rodeia,
como
frágil voo de andorinha,
outro
poema surge na ideia!
Os
poemas são mesmo como aves,
que
saem voando mão em mão!
E são
rios sem peias, sem entraves,
nascidos
nem sensitivo coração!
Maria
de Lourdes Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário