FARISAI
Escacha os olhos, franzino, perscruta a vertente
Estás?
Montanha à vista.
Subi-la-ás com pedras às costas.
Esquece a força, as figuras,
O imaginário.
Esquecera-me do sítio. Não fluía Luar, ou coisa. Sibilava-me o ar seco, reverberando-me. Carcela bem perdida.
Em volta da língua.
És real, e se a pedra não o for, ao
Menos exala
De vida, seu raquítico.
Continuarás na rota rota,
embalado nessa áurea.
E continuarás a subir, a subir,
Carregando a pedra, qual peso específico,
Sempre a fugir, sempre a subir
As bolotas já saltitavam, pelos pinchos. Um bode, dos amigos de peito; encontrara-o na calçada. Com sinete de presente envenenado.
Não se sumira o lugar, lá.
O sítio. E a brisa, ou coisa.
Conduzia-me na peugada de língua…
Do guardanapo, que tremente.
Sibilava-me o seco,
Estava perdido, de esquecimento,
algum dia, de luz fosca, de não feito.
Não estava corroído, porém estrafegado. A noite, que se fora, não me deixara da dor. Me aturdira: ouvia: procura o teu esquecimento, é quase teu amigo, luz intrínseca. Serás nem que o guardanapo sofra.
Não te importes, não te esqueças. Qual olhar que não ouses ter.
Lembrara-me, o cabrito já era, o vinho, à primeira pancada…
Na mesa, todos grunhiam... Não me lembrara do que se me acometera.
continuarás a subir, a subir,
Caverna profunda, ventania destes não hesitantes.
A terra roçava-me pelos meus pés, nus. Pelos pés grunhiam os bicharocos nas unhas. Estava já muito perto. E que atitude, afoita; naquela festa regada, eu que não a tivera trombado.
Que ficara inanimado, ousaram; ultimar o Processo, em aberto.
Tratar da língua, e do resto.
Entendi onde a conhecera, nas gengivas, me impedira, encontro. Rastejei, a língua, estava pálida.
Segui como um tractor chalado. Seguindo a rota da língua, penetrei até uns dentinhos matraqueantes. E não esquecerei a má sorte. Aquele filho, já nascia. E vingou-se.
Já não falo. A gangrena avança. O sofrimento aparece.
Nem todos os espermas são verdadeiros, estou ratado, ainda olho o tecto.
virgílio liquito
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