NÃO HÁ TANTOS OLHARES
COMO TANTAS COISAS
Não há tantos olhares
Como tantas coisas;
Grãos de areia,
Ondas dos oceanos,
Árvores das florestas
Aves dos ares,
Arco-íris dos céus,
Fulgores de auroras,
Rios e fontes,
Serras e montes,
Constelações,
Estrelas,
Paisagens,
Planetas e cometas.
Não há tantos olhares
Como tantas coisas!
Como, pois,
Ousamos saber de tudo,
Se em todas as coisas
Nosso olhar não pousamos
A verdade?
Ainda por chegar,
Esta sempre
Além do nosso olhar.
Silvino Figueiredo
Figas de Sant Pierre de Lá-Buraque
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