uma noite em que o luar não abria
vi-o em solidão deitado na areia
olhar triste, distante, que parecia
esperar, ver do mar, uma sereia;
talvez ele pensasse em sua musa
ou talvez na viagem desejada.
de brando o quadrado da hipotenusa
trazia-lhe a imagem de sua amada
era pintor de marés e lua larga
mudava as cores e mudava o amor
vulcão de volúpia que noite rasga…
agora, no parapeito da vida,
em solidão, junto ao mar, o pintor
tem no olhar sede da despedida!
Teresa Gonçalves
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