não vivo
nem ao meu nem ao da humanidade.
pela incongruente inconsistência
de condutas sociais, religiosas
e governamentais
suspeito
do rumo das excursões forçadas
das conduções manipuladas
das tempestades errantes
forjadas em espelhos de cânticos negros
que ofendem oceanos humanos
e mesmo assim
ainda acredito
que enquanto há vida
há esperança.
não se pode viver como trapos de existência
com remendos de fome
lutemos contra os ventos agrestes
combatamos nuvens sombrias
não deixemos entardecer agonias.
vamos lutar conscientes
de existir entre os povos
uma verdade a florir.
enquanto há vida…
Teresa Gonçalves
2-01-12
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