quinta-feira, 22 de setembro de 2011

ASPIRAÇÃO

ASPIRAÇÃO

Não quero contentar-me com o que faço
tal como o pintor louco, meu amigo,
que julga qualquer mancha, qualquer traço,
acima já de crítica ou perigo…

Sei que o artista tem de, passo a passo,
buscar do teto da Arte o doce abrigo
e, duro e persistente e sem cansaço,
lutar para vencer, lutar consigo…

Chegando ao termo, o prémio a recolher
não deverá talvez satisfazer
qualquer carência, ainda que banal:

Mas viva em nós a luminosa ideia
de termos dado um fio à branca teia
dum património de Arte social.

Oliveira Guerra
in Algemas

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