CRISE
O mundo esteve sempre em crise,
Uma atrás d’outra
E sempre com muita dor!
Numa delas
Apareceu Cristo,
Que muitos diziam ser o Salvador,
Inaugurando nova era,
Mas não estava previsto
Que mandasse dar a César
O que de César era!
Crises sucederam-se,
Com revoluções e cismas,
Mas sempre aparecia um salvador
Ou um ditador, todos com carismas.
Houve um; o Rei-Sol,
Que até dizia: - “L’État cést moi”!
O resto ficava na sombra
Como meio mundo ainda está!
De crise em crise até aqui,
E como os tempos são modernos,
Não há ditadores
Nem deuses salvadores dos infernos,
Há sim os contabilistas do FMI
Com a mesma lenga lenga:
- “Dai a César o que é de César”,
Por isso,
Ninguém pense que tem algo de seu!
Olhai as notas:
Que dizem?
Banco Central Europeu!
Se preferirem,
E como conselho,
Dêem cenouras ao coelho!
Silvino Figueiredo
Figas de saint pierre de lá-buraque
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