quinta-feira, 29 de setembro de 2011

POEMA DE UM TEMPO INACABADO


POEMA DE UM TEMPO INACABADO
NOITES de AMOR e POESIA


Quem poderá extinguir a luz que assim me acende
e ser mais que este braço diferente
brilhando de cor a cada instante
nos reflexos distintos do rio
a segredar falas de amante?

Quem poderá ser esta alegria
mais doce e ignorante da maldade
que parece impossível ser verdade
uma noite, ainda ontem, triste e fria?

Quem pode competir comigo, Nesta força da vida em que me vivo
Fazendo reviver o grão destino, Destinado a ficar pelo que digo?

Quem pode nas sombras alargar, Maior espaço no mundo que me toca, E ser mais que o sol e que o mar? Ninguém sabe o melhor em que me cinjo, Que labareda em meu contorno arde, Nem percebe a grandeza desta noite, Mais bela que um montão de coisas belas, Milagre que anoitece numa tarde ...

Ano 1959
Fernando Morais

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