Pacientemente, o banco de jardim
esperou. Chegou então cambaleante
um jovem triste, com um rosto de marfim;
e o banco dilatou-se expectante.
Lentamente o jovem olhou para mim;
desenhou no rosto um esgar distante...
Deitou-se nas estrias e, dormiu enfim,
entregando-se à droga confiante.
Adormeceu num prenúncio de morte!
Abdicou da vida, nada dela queria...
nem riquezas, nem amor, nem sequer sorte!
São coisas deste mundo, triste, confuso...
Aquele banco tornou-se companhia,
ninando o jovem no seu dormir difuso!...
Maria de Lourdes Martins
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