quarta-feira, 14 de setembro de 2011

POVEIROS


POVEIROS

Ser Poveiro,
é ter as amarras de todos os ventos
ancoradas no peito,
é ser um povo que escreve
parte da historia nos Oceanos,
é ter no mar o sustento e a morte.
Ser Poveiro,
é ser saudade viva no peito ardendo
e nunca desistir após naufrágio,
é ter no cântico das sereias,
seu próprio canto e gritar com garra:
Ala ala arriba poveirinhos…
Ala ala embarcação…
e navegar… sulcar as águas da Póvoa…
É ser sal no tempero da vida
e tecer com as redes sua própria estória.
Ser Poveiro é amar o mar
e enfrentá-lo com respeito e adoração,
é ter coragem e audácia
e vencer a bravura das águas alteradas,
é ter na mulher caravela viva,
timoneira na ausência do homem…
Ser Poveiro,
é pertencer aos mares por direito próprio;
é rasgar rotas no mapa do mundo,
é ter a tez crestada pelo Sol e nas mãos
as marcas das amarras tempestivas…

Fernanda Garcias   
2011  / 04  / 30

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