sexta-feira, 30 de março de 2012

RÉS/ RÉCITA PRIVADA DUM PÚBLICO AMONTOADO


RÉS/ RÉCITA PRIVADA DUM PÚBLICO AMONTOADO

R/Pública ou Privada: ponto de encontro, das astenias consumidas, afanadas, daquilo que se projecta na culpabilidade assumida. Não se isenta ela, nem que a vaca tussa, por quem não faz, que não pensa, nesta monarquia dissimulada.
Podem ser as punhetas, delas se fala, quase solitárias, são o exemplo nunca acabado das miragens voluptuosas que na vida privada, reflectem o cio público.
Os poderes públicos atiçam a ignomínia privada. Dão-lhe aflições de desordem pública, accionando os seus cacetes em lombos sobre a dita, dos ditos lhes infligem dores privadas. Entretanto em qualquer ânus privado solfejam as caganeiras assimétricas no público nunca privado. E não escasseiam os Patriarcas, que pensam obrar pela cloaca dos outros, naquilo que é privado, do que é tornado público, por muito que reaja como privado. E o reu, ou ré, já não têm liberdade, pois lhes foram sugado a liberdade de não aceitar serem público o que decidiram ser-lhes útil de preceito privado. E não faltam julgamentos aos réus tornados públicos, entremeados por cabeças privadas contra as liberdades de todos os sentimentos, que não os obrigam a defender a sua privacidade.
Então a Récita:
- Que Ré esta, que despejaste na alcova os gritos dum tesão surdo, nem que privado, à luz cinzenta, de tudo que não parece ser público.
Que Rés esta que espia a Ré, a Mãe que nos mostra as tetas quando lhas chupamos, depois de nos tornarmos públicos.
Que nos seja privado o direito de fuga, do estertor, da gnose que nos entulha.
Que não nos impede de ser, simplesmente, Republicanos, nesta Monarquia Privada.


Virgílio Liquito

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