sábado, 9 de junho de 2012

ÍCARO


Ícaro

Ergueste em plenitude tuas rubras asas
Esqueceste os motivos da vã razão
Correste como louco efervescido
Para vencer as feras agruras da prisão!

Ó imprudente, porque ergueste assim
Rente ao celestial sol as tuas asas
Porque elegeste a tua perdição
Se sabias que este as tornava lassas?

Ó afoito Ícaro porque não quiseste
Conter-te dentro do que te apontavam
Porque preferiste arriscar-te ao nada
Se os lisos caminhos te resguardavam?

Não te condeno arrebatado jovem
De quem sou em razão igual a metade
Eu insano ser volteando nos espaços
Não se contentando com a sombra da verdade…


Acilda

Sem comentários:

Enviar um comentário