Ícaro
Ergueste em plenitude tuas rubras asas
Esqueceste os motivos da vã razãoCorreste como louco efervescido
Para vencer as feras agruras da prisão!
Ó imprudente, porque ergueste assim
Rente ao celestial sol as tuas asas
Porque elegeste a tua perdição
Se sabias que este as tornava lassas?
Ó afoito Ícaro porque não quiseste
Conter-te dentro do que te apontavam
Porque preferiste arriscar-te ao nada
Se os lisos caminhos te resguardavam?
Não te condeno arrebatado jovem
De quem sou em razão igual a metade
Eu insano ser volteando nos espaços
Não se contentando com a sombra da verdade…
Acilda
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