QUEM VÊ, SENHORA, CLARO E MANIFESTO
Quem vê, Senhora, claro e manifesto
O lindo ser de vossos olhos bêlos,
Se não perder de vista só em
vê-los,
Já não paga o que deve a vosso
gesto.
Este me parecia preço honesto;
Mas eu, por de vantagem merecê-los,
Dei mais a vida e alma por
querê-los,
Donde já não me fica mais de resto.
Assim que a vida e alma e
esperança,
E tudo quanto tenho, tudo é vosso,
E o proveito disso eu só o levo.
Cito
Loio (Adolfo Castelobranco)
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