quarta-feira, 20 de junho de 2012

PORTO, CIDADE AMADA

PORTO, CIDADE AMADA

Olham-nos as mesmas tardes indiferentes,
Os prédios pasmados nada podem contar…
São os mesmos o Sol e o Mar
Que tanto nos afagaram antes!

Os passeios são os mesmos
As ruas mais velhas mas serenas,
A natureza como ausente
Dos mortais que choram suas penas!

Não era são Nicolau,
Nem era Miragaia,
Mas a cidade era a mesma
Vestida de Oceano e de praia!

Não percorremos o Centro Histórico
Ou visitamos algum belo monumento,
Mas tudo estava enfeitado de nevoeiro
E o que nos cortava o rosto era o vento!

As magnólias olhavam-nos infelizes,
Cobertas de veludo e nívea cor.
As árvores expunham aos olhos as raízes,
Solidárias com as lágrimas e a dor.

Não era o Porto Antigo,
A Sé Catedral ou a Ribeira,
Mas palmilhamos muito passeio amigo,
Jardins povoados de espinhos e roseiras!

Era o meu Povo velhinho
Mas sempre novo,
Guardado no seu coração rico e pobrezinho,
A Alta Memória de um Grande Povo! 

Irene Costa

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