PORTO, CIDADE AMADA
Olham-nos as mesmas tardes
indiferentes,
Os prédios pasmados nada podem
contar…
São os mesmos o Sol e o Mar
Que tanto nos afagaram antes!
Os passeios são os mesmos
As ruas mais velhas mas serenas,
A natureza como ausente
Dos mortais que choram suas penas!
Não era são Nicolau,
Nem era Miragaia,
Mas a cidade era a mesma
Vestida de Oceano e de praia!
Não percorremos o Centro Histórico
Ou visitamos algum belo monumento,
Mas tudo estava enfeitado de
nevoeiro
E o que nos cortava o rosto era o
vento!
As magnólias olhavam-nos infelizes,
Cobertas de veludo e nívea cor.
As árvores expunham aos olhos as
raízes,
Solidárias com as lágrimas e a dor.
Não era o Porto Antigo,
A Sé Catedral ou a Ribeira,
Mas palmilhamos muito passeio
amigo,
Jardins povoados de espinhos e
roseiras!
Era o meu Povo velhinho
Mas sempre novo,
Guardado no seu coração rico e
pobrezinho,
A Alta Memória de um Grande Povo!
Irene
Costa
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