sábado, 9 de junho de 2012

Sepulcro de tantos cadáveres...

Sepulcro de tantos cadáveres... 

Bom dia! Bem sei que a conjuntura não me incrementava. Bem verifiquei, desculpe lá, aquando o encontro literário ocorrido em Olivença, a escamação de pele dos seus pés. Aconteceu a visão, quando tombei a baixo da cadeira, à vista desarmada de todos os presentes, na esplanada. Então, já gatinhando bem próximo de seus pés, imitando um gato tísico rosnante, siderado fiquei, não tanto pela queda fatídica, lombos há muitos, mais pela tentativa que ousei graminhar no que toca a apanhar um isqueiro apagado. Aí sim, a escamação tinha o seu lugar. Se se lembra, daquela ventania quente animada pelo sopro do Siroco, abalroado fiquei, no olho, por pele tão sedosa, naquela tarde de Lua Cheia.
Bom dia . A madrugada vai alta, tão rente me afoga nos rastos e peugadas poeirentas, que já duvido se alguma vez eu atravessara tais territórios. Berrarei bem lá no alto do monte, que não passarei dum sepulcro entupido de tantos cadáveres sobre mim atirados. Muitos beijos e abraços; e na cumieira me equilibro, aguardando um peso específico que me adorne mais que acompanhado e que batalhe com tais corpos putrefactos que me carcomem a suposta alma, já desinfectada de astenias.


....V.L.


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