RENDO-ME A TI
Porque arrasto e curvo e não me queixo?
A esta luz, a estas asas, enfim…
Se tanto homem me quer e os deixo;
És troar de canhão dentro de mim…
Se a tanto elogio, a tanto galanteio,
tanto chamar inglesa e bela já ouvi;
Ó deusa roliça e de farto seio…
Tu que nada chamas rendo-me a ti.
Sobes em febris desejos pelo meu corpo…
Que deixas prostrado em estado quase morto
este agora teu, meu pobre coração…
Ó luz do meu ego em que me aqueço,
satisfaz este pedido que eu te peço:
Rasga-me as carnes… Deixa-as estras no chão…
Fernanda Garcias
2011 / 10 / 08
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