O ÉBRIO ZANGADO
Dizia o ébrio na Sé:
um pipinho é um pipinho…
mas ele só vale até
estar cheiinho de vinho!
Estou aqui olhando o pipo
e de lá não sai mais nada…
Que raio de dona é esta
que me diz logo à chegada:
“Hoje não vai haver festa!”
Senhora, eu sou um freguês;
veja o respeito que me presta!
Se eu fosse algum francês
decerto dava-me um fino!
E eu garanto, com respeito,
que até lhe fazia o pino,
mesmo com o braço ao peito!
Tasca de pipo vazia?
Não é tasca nem é nada!
Vou enfrentar este frio
sem beber uma litrada?
Olhe, não lhe quero fazer mal,
mas com o frio que vai…
e isto aqui é Portugal,
vou fazer queixa à ASAE!.
Maria de Lourdes Martins
Novembro 2011
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