a pedra para lá de ser a casa
é a nossa insurreição de dor do frio
o cão de guarda que não guarda nada
é um cão de pedra ali mesmo à entrada.
mais clara em Lisboa, é no Porto que é dura
na escama da sua pele bailam os cinzéis
e então é vê-la donairosa e segura
quando feita capela a receba os fiéis.
a cornija, o arco e as volutas
algumas tão antigas, enrugadas, musgáveis
são páginas da História, pergaminhos do Tempo
escadarias sem fim e varandas ao vento.
Fernando Morais
Sem comentários:
Enviar um comentário