MESA VAZIA
Deram uma mesa à poesia,
ofereceram-lhe boa comida
e, imaginem, bolos!... e até café!
Era suposto a poesia sentir alegria
com tão boa receção,
mas não!
Quando os sons da poesia,
começaram no ar a bailar,
eram sons em palavras de tristeza,
porque, a poesia sentia
que naquele dia,
em muita mesa, vazia,
faltava pão!
No final,
a poesia ficou triste com a ovação!
Bater palmas à tristeza e à falta de
pão?
Não.
Melhor seria silenciosa reflexão.
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Silvino Figueiredo
(o Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
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