INSUBMISSO
Que
ninguém me diga como devo ser
que eu
não sou palhaço e não me vendi
E nem me
perguntem de mim o porquê
porque
sou de cá e não estou aqui
Que
ninguém me compre
e que
ninguém me dome
Que um
potro selvagem tem aversão às selas
Que não
me recordem normas ou decretos
e nunca
me apontem refúgios secretos
só
porque me escondo na mão das estrelas
Que os
dedos se arrisquem e rasguem ciosos
tumores
e tumultos que possam surgir
Que não
me lastimem e ninguém me entenda
e que
ninguém me fenda esta revolta funda
que me
aflora aos olhos e não sei fingir
Que
ninguém me afronte e que ninguém me trave
Que
ninguém me obrigue a pôr os pés no chão!
Que eu
passo por cima das coisas e casas
com as
minhas as asas da imaginação
Fernando
Campos de Castro
lido
por Idiema
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