RÉS/
RÉCITA PRIVADA DUM PÚBLICO AMONTOADO
R/Pública ou Privada: ponto de encontro, das astenias
consumidas, afanadas, daquilo que se projecta na culpabilidade assumida. Não se
isenta ela, nem que a vaca tussa, por quem não faz, que não pensa, nesta
monarquia dissimulada.
Podem ser as punhetas, delas se
fala, quase solitárias, são o exemplo nunca acabado das miragens voluptuosas
que na vida privada, reflectem o cio público.
Os poderes políticos atiçam a ignomínia
privada. Dão-lhe aflições de desordem pública, acionando os seus cacetes em
lombos sobre a dita, dos ditos lhes infligem dores privadas. Entretanto em
qualquer ânus privado solfejam as caganeiras assimétricas no público nunca
privado. E não escasseiam os Patriarcas, que pensam obrar pela cloaca dos
outros, naquilo que é privado, do que é tornado público, por muito que reaja
como privado. E o reu, ou ré, já não têm liberdade, pois lhes foram sugado a
liberdade de não aceitar serem público o que decidiram ser-lhes útil de
preceito privado. E não faltam julgamentos aos réus tornados públicos,
entremeados por cabeças privadas contra as liberdades de todos os sentimentos,
que não os obrigam a defender a sua privacidade.
Então a Récita:
- Que Ré esta, que despejaste na alcova os gritos dum tesão
surdo, nem que privado, à luz cinzenta, de tudo que não parece ser público.
Que Monarquia esta que espia a Ré, a Mãe que nos mostra as
tetas quando lhas chupamos, depois de nos tornarmos públicos.
Que República esta, privada, que nos afana o direito de fuga,
do estertor, da gnose que nos entulha.
Que não nos impede de ser, simplesmente, Republicanos, nesta
Monarquia Privada.
V.L.
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