quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PUDESSE EU…


PUDESSE EU…

Pudesse eu…

acariciar-te a cada instante,
tal qual o mar o grão de areia.

Ser a espuma da onda
que, dengosa toca teu corpo.

Soprar meiguices aos teus ouvidos,
qual brisa nos ramos verdes.

debicar teus beijos
qual colibri na mais bela flor.

Sentisse eu…

teu olhar ávido
deleitar-se em mim,
tuas mãos meigas
dedilhar gestos de ternura,
teus lábios quentes
humedecendo-se nos meus…

Pudesse eu…
… sentisse eu…

e esta inquietude
que me rasga o peito,
me queima a alma…

iria adormecer,
enroscada
na mais pura felicidade.

Alice Santos
in “A Arte pela Escrita Dois”
Colectânea de Poesia

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