sábado, 18 de dezembro de 2010

Meu Porto, não percas a corrente.

Fernando Gomes
Belo casario,
desde as raízes até ao fruto,
que bebe seiva do seu rio,
de nobre e falar enxuto.

MEU PORTO, NÃO PRECAS A CORRENTE.

Tomara eu, tomaras tu, meu Porto,
No ar das tuas ruas,
Das tuas vielas e avenidas
Meu encanto passear,
Mas, de ti mais ausente,
Em ti já não passeio tão frequentemente, Porém, meu olhar, quando te vai
visitar, Nunca de ti, meu Porto, se envergonha, E mesmo d'olhos fechados
contigo sonha, E da tua altaneira Catedral Vê teu rio; barra de partidas
Para engrandecer Portugal e a Humanidade Tu, Porto, linda cidade, és toda
arte E tens a sorte de em teu nome Seres mais de metade de Portugal, Mas
teu vinho Leva teu nome, inteiro a toda a parte, A teus filhos, por partes
repartidos, Que te deixaram mais triste, Mais vazio, mas em ti seus
sentidos, Todavia, se para o mar corre teu rio, Mantem tu, meu Porto, Nas
tuas ruas, vielas e avenidas, Navios na corrente de nos encantar; Com teus
casarios em cascata, Com tuas falas de verdade, Com teu bonito granito;
Túmulos vivos da nossa saudade Quando de ti estamos longe Nosso Porto,
linda cidade!
E é Natural seres património mundial
E Alma de Portugal!

Silvino Taveira Machado Figueiredo (Figas de Saint Pierre de
Lá-Buraque) S. Pedro da Cova- Gondomar

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